Mulheres #6: Raquel Welch

Raquel Welch foi o tesão de pelo menos 2 gerações – e uma delas foi a minha, embora sua beleza refulgente tivesse impactado a rapaziada que nascera em fins dos anos 1950. Eu nasci em 1962, de modo que as coisas começaram a fazer sentido a partir de 1976. Sim, elas começam a fazer sentido a partir dos 14 anos, exceto para alguns cuja precocidade não é prejudicial. Creio ter visto Raquel Welch pela primeira vez, com o olhar necessário, mais ou menos nessa época. Impressionado fiquei. Enfim, esta imagem abaixo, publicidade do filme Cem Rifles, de 1969, diz tudo:

Há uma história boa: em 1969, durante as filmagens de Myra Breckinridge, filme de Michael Sarne protagonizado por Rachel Welch e tendo Mae West como coadjuvante, as duas damas citadas tiveram um desentendimento. Raquel, cheia de fúria, disse a Mae: “Você me respeite, pois sou uma atriz!” Mae West, sempre ferina, retrucou: “Ok, querida, esse vai ser nosso segredo!” Não é verdade que Raquel Welch fosse má atriz. Tinha talento mas, bela como uma deusa, a falocracia cinematográfica a escalava para que ela expusesse sua beleza sem precisar falar muito. É o caso da imagem abaixo, do filme inglês (muito ruim) Mil Séculos antes de Cristo, de 1966, no qual tinha apenas 3 falas. A pose de Cristo crucificado é mera coincidência porque o título original é One Million B. C.

Esse filme tornou Raquel um símbolo sexual. Fez vários outros, nos quais o que importava não era sua capacidade dramática, mas a acachapante beleza anglolatina (era filha de boliviano com inglesa, nascida Jo Raquel Tejada) explorada nunca à exaustão (ao menos não a minha). O Welch veio da avó paterna. Mas retornando: seu talento foi posto à prova numa comédia deliciosamente divertida, baseado no romance homônimo de Gore Vidal, Myra Breckinridge. Raquel Welch faz o papel de um homem que, após a mudança de sexo, torna-se mulher – e que mulher! Ei-la, abaixo, contracenando com John Huston.

Aos 77 anos, Raquel Welch continua em atividade, e bonita. Participa de uma série Date My Dad, em que faz a sogra de um jogador de baseball solteiro e pai de três filhas. Eis:

Imagem relacionada

E para deleite dos fãs:

Sinceramente? Acho que este post nem precisava de texto. As imagens dela falam por si.

About the author

Francisco Grijó

Francisco Grijó, capixaba, escritor, professor de Literatura Brasileira. Pai de 4 filhas.

1comment

Leave a comment: