Dia do Pulo, ontem

Ontem foi dia 20 de julho e, para quem não sabe, nessa data se comemora o Dia Mundial do Pulo. Isso mesmo que você leu: pulo, substantivo do verbo pular. Sim, galgar, transpor, saltar e assim por diante. A maluquice – o nome original é World Jump Day – foi criada por um alemão chamado Torsten Lauschmann, que afirmava que se 600 milhões de pessoas pulassem, simultaneamente, a órbita deste planeta seria alterada e, dessa forma, poderia influenciar no aquecimento global – que desapareceria como se não houvesse existido. Não, não faz sentido, mas e daí? Isso foi em 2006.

Pois não é que 47 anos antes, já se considerava o pulo algo libertário, que transcendia qualquer limite razoável e que deveria ser praticado por todos algumas vezes por semana? Quem pensava assim? Philippe Halsman, fotógrafo nascido na Letônia, e que, em 1959, lançou Jump Book: essa, sim, uma deliciosa bobagem. Tive essa raridade (a edição do ano de lançamento) em mãos, num sebo em Lisboa, mas não tive a coragem de desembolsar 440 euros pelo item.

Durante seis anos, Philippe Halsman convenceu atores, políticos, escritores, comediantes, pintores, músicos – todos eles (quase 200 celebridades) convencidos ao clique enquanto se projetavam para o alto e, inevitavelmente, por conta da gravidade, retornavam a seu lugar de origem. Durante o pulo, eram clicados. Caso da dupla Dean Martin e Jerry Lewis. E mais: além das extraordinárias fotografias – algumas delas improváveis! – há um ensaio escrito pelo fotógrafo intitulado “Jumpology” (algo como Pulologia), no qual afirma que o pulo faz a máscara social cair, mostrando a verdadeira face das pessoas. 

Acima, o físico J. Robert Oppenheimer, o homem da bomba atômica. Abaixo, Fred Astaire, que dançava melhor do que pulava.

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Eis a ideia de improbabilidade: o então presidente norte-americano Richard Nixon e o duque e a duquesa de Windsor. O poder e a aristocracia pegos no pulo.

E que tal mulheres em pleno ar? Kim Novak, Marilyn Monroe, Grace Kelly (em companhia do autor/fotógrafo).

E, para finalizar, com chave dourada: Dalí Atomicus.

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About the author

Francisco Grijó

Francisco Grijó, capixaba, escritor, professor de Literatura Brasileira. Pai de 4 filhas.

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