Pois é: o Ipsis Litteris está de volta, após alguns anos desativado, não por vontade de seu chefe e gestor, mas por conta e risco de um hacker que, sabe-se lá por quê, resolveu vilipendiar meu quintal. Não vou lamentar mais. De lá para cá o Ipsis Litteris não se modificou muito. Continua a veicular a opinião pessoal de seu dono – no caso, eu – sobre cinema, literatura, música, quadrinhos, fotografia, arte em geral. É muito assunto: uma vastidão que, se bem articulada, tornará este blogue um local cujo acesso será satisfatório para ambas as partes. É o que eu espero.
Nunca desconsiderei uma verdade: o maior patrimônio de um blogue é a qualidade dos comentários sobre ele (ou sobre a postagem). Sempre tive isso em alta conta. Sem trocadilhos, foram quase 12 mil comentários em 7 anos de vida útil – o que equivale a mais de 1.700 comentários/ano. Isso é muito em se tratando de um blogue que não versa sobre maquiagem, alimentação low carb, ginástica localizada, vídeos adolescentes ou hip hop. Gosto dos comentários. Aprendo com eles, principalmente quando, honestos, propõem-se a colaborar para que a informação não descambe para a banalidade, para as inequívocas bobagens. Nestes quatro anos em que estive distante do Ipsis, publiquei dois livros, que se tornam brindes aqui, nO Pensador Selvagem. São eles Todas Elas, Agora (volume de contos) e Os Mamíferos – crônica biográfica de uma banda insular (biografia). Ei-los em capa:
Em breve estarão nas mãos (e nos olhos) dos leitores. Escrever continua a ser um ato de amor – e de sobrevivência. Mas é preciso divertir, evidentemente. Um dos motivos que levam o Ipsis Litteris a essa ressurreição é a poderosa aliança entre amor, entretenimento e sobrevivência. Não, não me perguntem como consigo aliar tais substantivos, como os torno íntimos, quase xifópagos. Não sei explicar, mas talvez a literatura, per si, saiba. Perguntemos a ela. Espero que ao menos aqueles que conheceram os bons tempos do Ipsis Litteris estejam felizes com sua volta. Eu estou – e espero continuar.