Algum leitor deste blogue assistiu a A Noite Americana? Como você não pode, na postagem, responder positivamente, vou imaginar que o leitor assistiu, sim, e várias vezes. A primeira, porque era François Truffaut o diretor: tão badalado quanto competente, um dos grandes nomes do cinema francês. A segunda, a terceira, a quarta e as tantas outras, por um outro motivo: Jacqueline Bisset, esta mocinha abaixo representada, esta beleza plástica que entorpece olhares de ambos os sexos:
A Noite Americana é um ótimo filme: metalinguagem, sensualidade, cinema puro. Não foi, entretanto, o filme que me apresentou essa belezura, e sim O Fundo do Mar, uma película meia-boca de Peter Yeats, que pegava carona no sucesso de Tubarão, de Spielberg. No filme ela contracena com o sempre ótimo Robert Shaw. AQUI você confirma como ela consegue reunir máxima beleza e aparente fragilidade.
Claro, claro: que lê deve perguntar: E Bullitt? Bem, o filme é um clássico do final dos anos 1960, traz o mitológico Steve McQueen no papel principal masculino e, claro, a luminosa Jacqueline Bisset, no papel de Kathy, namorada de Bullitt. McQueen, notório galanteador e sátiro de primeira linha, dizia que a atriz era tão bonita que o fazia sofrer. Não se sabe se com essas palavras conseguiu algo mais do que contracenar com Jacquie, como ele mesmo a chamava.
O melhor filme de que participa – em singelíssima opinião -, e no qual mantém sua beleza refulgente (e capacidade dramática), é A Sombra do Vulcão, de John Huston. Aos 40 anos, madura na plástica e no desempenho dramático, participou de uma história tensa, marcada por triângulo amoroso, reconciliações e ambiente hostil. AQUI você assiste ao trailler. É melhor ver o filme inteiro, contudo.
Há quase dez anos, Jacqueline Bisset esteve no Brasil. Veio participar, como convidada especialíssima, do lançamento do filme Bem vindo a Nova York, em que faz o papel da esposa de Dominique Staruss-Khan, acusado de estuprar uma camareira guineense. O episódio teve repercussão internacional e o cinema, arte oportunista (ainda bem!), fez a parte dele. A atriz esteve diante de Jô Soares, o apresentador, para promover a película. AQUI você assiste à entrevista.
A inglesa Jacqueline Bisset fez alguns filmes ruins – que não merecem menção nesta postagem. Aqui, ao menos das mulheres escolhidas, só se fala bem. A questão é que, mesmo nesses filmes – cujos roteiros são sofríveis ou os coadjuvantes mereceriam o esquecimento -, a beleza e a refulgência dessa atriz, aliadas a suas competentes atuações, fizeram tais películas merecerem uma checagem. Poucas atrizes – e atores, por que não? – possuem essa prerrogativa. Neste primeiro dia de outubro, fique com Mrs. Bisset.