Hoje é dia 25 de abril – e os portugueses estão em festa desde então. Há 47 anos Portugal, por meio da Revolução dos Cravos, mostrava-se frente a frente ao processo democrático. Segundo consta, uma garçonete lisboeta chamada Celeste Caeiro, iniciou a distribuição de cravos durante o conflito. Muitas dessas flores chegaram aos soldados que, simbolicamente, acoplavam-nas às espingardas.
Não vou explicar como e por quê se deu a revolução que pôs fim ao salazarismo em Portugal. Este espaço é insuficiente para tal narrativa. AQUI você encontra tudo. O que quero dizer é que meu xará, Chico Buarque, homenageou o país e o movimento na canção Tanto Mar. A segunda versão dessa canção é conhecida: está no disco Chico Buarque, de 1978. A primeira, original, feita em 1975, está aqui:
Observe a atualização das formas verbais utilizadas em uma e outra versões. O resto é com você, leitor.
Um P.S. No disco Chico e Bethânia, de 1975, a canção Tanto Mar teve a letra censurada – por motivos óbvios, de modo que apenas a melodia (violão, flauta, palmas etc) pôde ser veiculada. Há também uma belíssima – mesmo! – interpretação da cantora portuguesa Eugênia de Melo e Castro dessa canção. Wagner Tiso acompanha a moça. Vale ouvir!