Alguém disse – e eu acredito – que a música barroca é o apogeu da criação na arte. Principalmente a música barroca alemã, capitaneada pela maior personalidade da música: Johann Sebastian Bach. O barroco musical italiano não fica muito atrás, e, caso quem está lendo duvide, ouça o disco abaixo. É uma coletânea da folia barroca, na qual brilham 4 italianos, um francês e um alemão. No dna deste último descansava a herança do citado Johann. Essa coletânea é simplesmente a melhor compilação de música barroca (reunida em apenas um disco) que conheço. Eis a capa:
Quem são os italianos? Corelli, Geminiani, Scarlatti e Vivaldi. O francês é Marin Marais e o alemão, o filho mais criativo de Bach: Carl Philipp Emanuel. O Quarteto Purcell – formado por Robert Wooley (cravo e órgão), Richard Boothby (violoncelo) e por duas Catherines nos violinos: Weiss e Mackintosh – é de uma extraordinária competência. A exatidão da execução é tanta que parece ter sido corrigida (como se houvesse necessidade!) por programas de computador. Coisa assombrosa, ao mesmo tempo que edificante e tremendamente emotiva. Eis o time:
A música barroca está em primeiro lugar, no que se refere às minhas preferências. A polifonia, o uso do baixo contínuo – que só fui compreender muito tempo depois de ouvir exaustivamente – e a inventividade de tantos sons combinados me fizeram admirar, primeiramente, J. S. Bach. Depois, fui a seus pares: os seis senhores que compuseram as variações que geraram esse disco excepcional. Confesso que minha predileção, dentre as seis gravações, está centrada no meu xará, Francesco Geminiani e seu Concerto Grosso La Folia (after Corelli). Infelizmente essa gravação não é com o Quarteto Purcell.
Caso se interesse, aí vão os links para se ouvir: AQUI, 12 Variationen über Die Folie D’Espagne, de C. P. E. Bach. AQUI, Trio Sonata in D Minor (Variations on “La Folia”), de Vivaldi. AQUI, Folia From Toccata No 7 (Primo Tono), de Scarlatti. AQUI: Les Folies d’Espagne, de Marais. E, finalmente, AQUI, a genial Sonata In D Minor Op 5 No 12, de Corelli. Sinceramente? Eu ouviria todas, na sequência que quiser – não deixe de ouvir, contudo.